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terça-feira, 1 de novembro de 2016

Marketing Educacional



       Marketing Educacional é o resultado do posicionamento desenvolvido por instituições de ensino em geral (colégios, universidades, faculdades, cursos profissionalizantes, escolas técnicas, entidades representativas destas instituições etc) junto aos usuários de seus produtos e serviços (estudantes, professores ou profissionais) ou a grupos sociais determinados ou ainda à própria comunidade.

       Apenas recentemente, pelo menos no Brasil, já que isso é difundido a um bom tempo em organizações no exterior (veja o caso de importantes universidades americanas ou europeias), o marketing educacional vem ganhando espaço, ainda que inicialmente, porque falta a estas instituições nacionais uma cultura de marketing específico.

       As críticas aos trabalhos, nesta área, desenvolvido pelas nossas instituições de ensino são em geral, legítimas. Quase sempre, elas têm optado pela não transparência, não elaboram políticas, visando atingir, com competência, os seus públicos de interesse (basta verificar como funciona o atendimento ao estudante e o relacionamento com os docentes nas nossas universidades públicas e privadas) e, por isso, na maioria dos casos, têm uma avaliação negativa por parte da opinião pública.

      O crescimento acelerado e desordenado do ensino particular no Brasil tem sido creditado à omissão governamental, responsável pela deterioração do ensino público, mas também à ganância do empresário da educação, mais preocupado com os seus lucros (que costumam ser enormes) do que com a qualidade do ensino. Evidentemente, há muitas exceções e, na última década, particularmente depois que as universidades passaram a sofrer um processo sistemático de avaliação, o panorama pouco tem se modificado, ainda menos rapidamente do que se poderia esperar.

      O Marketing Educacional não pode, como percebem algumas instituições, ficar à ordem dos desejos e idiossincrasias dos diretores e empresários da educação e exige planejamento e ações continuadas, não podendo restringir-se a determinadas situações, como o recrutamento de alunos ás vésperas do início dos cursos.

      Essa é uma área que precisa passar urgentemente por um estágio de profissionalização porque, está em situação de desvantagem com outros segmentos, em termos de comunicação e marketing. Poucas instituições dispõem de canais de credibilidade junto aos seus públicos e normalmente trabalham, miseravelmente, a comunicação interna.

      As instituições públicas ainda têm escrúpulos em trabalhar neste sentido, porque temem confundir ensino e negócio. Há, com certeza, pressupostos diferentes na missão de uma escola pública ou privada, mas comunicar-se bem com os seus públicos e com a sociedade, buscar parcerias e gerenciar a sua imagem é uma necessidade importante dos tempos atuais, da qual nenhuma organização pode se privar.

    Como a concorrência e a demanda da sociedade por uma postura ética podem provocar grandes alterações, é justo pensar que o Marketing Educacional deverá atingir, em breve, um novo patamar no Brasil. Algumas instituições, que já têm feito um trabalho importante neste sentido, como a UNIFESP, a Fundação Getúlio Vargas e a ESPM, deverão servir de exemplo para as demais.

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